Yemista (vegetais recheados – versão vegetariana)

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O prato de hoje é um dos mais clássicos e queridos da dieta mediterrânea. Não tem como falar de comida grega e não lembrar do Yemista (ou seria da Yemista?). Se você não é grego e vai visitar uma família grega, este prato provavelmente estará presente na farta mesa de almoço ou jantar. Aliás, esse é mais um daqueles pratos que eu detestava quando era criança, já que o tomate assado ficava super mole e os temperos do arroz não me agradavam.

Yemista (Υεμιστά – Ghêmistá) é o famoso prato feito com vegetais recheados. Seu nome basicamente significa “recheados”. Ele também entra na categoria de pratos “ladherá”, pois são servidos e preparados com bastante azeite de oliva e polpa de tomate. Além disso, você pode rechear não só tomates, mas também: pimentões, abobrinhas, berinjelas, folhas de parreira e folhas de repolho (chamamos esses dois últimos de “dolmades”). Na Turquia, os vegetais recheados são conhecidos como “dolma” e as folhas recheadas como “sarma”.

Na culinária grega, costumamos rechear os vegetais com arroz, ervas secas e frescas, especiarias e carne moída, mas a versão vegetariana também é muito popular na Grécia. Ela pode levar uvas passas, pinoli, outros vegetais ralados e até grãos como lentilha ou grão-de-bico. As batatas assadas com os vegetais e a combinação de azeite e molho de tomate também acompanham. Para finalizar, como de costume, uma fatia de queijo Feta sempre cai bem. É um prato delicioso, saudável e que agrada quase todos os gostos. Vamos lá?

*Nível de dificuldade: médio
*Tempo de preparo: 3 horas

*Serve, em média: 4 pessoas

Ingredientes (serve duas pessoas):
– 2 tomates bem grandes, os maiores que você achar (pode ser o caqui, por exemplo)
– 2 pimentões verdes
– Meia xícara de arroz branco (pode ser arbório, se quiser)
– 3 batatas descascadas, cortadas em tiras grossas
– 1 cebola grande, picada
– 2 dentes de alho, picados
– 1 abobrinha média, ralada
– 1 cenoura média, ralada
– Salsinha a gosto
– Hortelã fresca a gosto, picada
– 1 xícara de chá de polpa de tomate
– Orégano a gosto
– 1 pitada de canela
– Noz-moscada ralada a gosto
– Sal e pimenta
– Açúcar
– Sumo de meio limão
– Água
– 1 xícara de chá de azeite de oliva extravirgem

Modo de preparo:
1. 
Comece cortando a “tampa” dos tomates e dos pimentões. Não corte muito para cima e nem muito para o meio. Tire as sementes dos pimentões. Faça o mesmo com a polpa e miolo do tomate, mas reserve em uma tigela.
2. Em uma travessa untada com um pouco de azeite, organize os tomates e pimentões. Reserve as tampas.
3. Tempere as batatas com sal e orégano em uma tigela.
4. Para o recheio, refogue a cebola e o alho no azeite até que fiquem macios. Adicione a abobrinha e a cenoura. Refogue em fogo médio.
5. Adicione o arroz e refogue até que ele fique levemente transparente. Adicione a polpa e o miolo dos tomates que foram “cavados” e meia xícara de chá da polpa de tomate (reserve a outra metade).
6. Adicione a salsinha, a hortelã, o orégano, a canela, a noz-moscada, uma pitada de açúcar, o sal, a pimenta e uma xícara de água. Misture e cozinhe tudo em fogo baixo.
7. Quando o arroz estiver quase cozido (quase, pois ele vai cozinhar mais no forno), desligue o fogo.
8. Coloque um pouco de azeite, sal e açúcar dentro de cada tomate. Faça o mesmo com os pimentões, mas sem o açúcar.
9. Adicione a mistura do arroz dentro dos vegetais – recheie cada um em aproximadamente 1/3. O arroz vai crescer mais dentro do forno, então não é ideal rechear os vegetais até o topo, ou eles podem acabar quebrando.
10. Feche com as suas respectivas tampas e faça furinhos com um palito de dente em cada uma delas.
11. Despeje as batatas na travessa. Para que os pimentões fiquem “em pé”, organize-os nas laterais da travessa.
12. Misture o restante da polpa de tomate (meia xícara) com o sumo de meio limão e uma xícara de água. Regue as batatas com essa mistura e azeite de oliva a gosto.
13. Asse em forno médio por aproximadamente 50 minutos ou até que tudo esteja macio e cozido. Se for necessário, adicione mais água às batatas.

Dica amiga:
Este não é um prato “perfeito” em termos de aparência. É normal que os tomates rachem e que os pimentões caiam. A culinária grega não é sobre perfeição, mas sobre a harmonia dos sabores. E se sobrar recheio, é só comer ele por si só! É uma delícia. 

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