Eliopsomo (pão de azeitonas com alecrim e orégano)

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Não existe memória minha que não ligue a Grécia à tradição do pão, o qual está presente na nossa história desde a antiguidade – desde as referências de Hipócrates até o culto de Deméter. Desde pequena estou acostumada com dizeres como “gregos comem tudo com pão” e “é tão difícil tirar o pão da dieta…”. E olha que nem é mentira, a gente come esse tanto de pão mesmo! É pão depois da missa, pão com um pouco de azeite, com pastinhas deliciosas, pra juntar o caldinho da salada no prato e não deixar que nada seja desperdiçado.

Eliopsomo (Ελιόψωμο – Êliôpsomo) nada mais é do que um pão com azeitonas. Então, imagina só: Se pão é coisa de grego, pão com azeitonas é 200% coisa de grego. Minhas melhores lembranças desse pão vêm de quando comprávamos unidades fresquinhas e quentinhas do mesmo e do pão de semolina (outra receita bastante tradicional e uma das minhas favoritas) no fournos (padaria) do mercado do bairro. A receita a seguir é a versão mais próxima que consegui fazer dessa delícia, apesar de a casca ter ficado um pouco mais crocante que a do original. De qualquer forma, vale a tentativa, né?

*Nível de dificuldade: médio
*Tempo de preparo: 3 horas

*Serve, em média: 6 pessoas

Ingredientes:
– 700 g (ou o quanto bastar) de farinha de trigo peneirada + extra para sovar
– 2 colheres de chá de sal
– 2 colheres de chá de açúcar
– 2 colheres de chá de fermento biológico seco
– 5 colheres de sopa de azeite + extra para untar
– 2 xícaras de chá de água morna + extra para dar o ponto
– 2 xícaras de chá de azeitonas verdes ou pretas sem caroço picadas
– 2 colheres de chá de orégano
– 1 colher de chá de alecrim

Modo de preparo:

Caso você tiver uma batedeira planetária, utilize o bowl desde o começo da receita. Caso não, utilize uma tigela para este primeiro passo.

1. Junte a água morna, o azeite, o açúcar e o fermento biológico seco em uma tigela/bowl. Aguarde 10 minutos para ativar o fermento – a mistura deve começar a borbulhar levemente.
2. Feito isso, adicione a farinha e o sal. Você pode sovar a massa tanto no gancho da batedeira planetária, quanto em uma bancada com farinha.
3. Sove a massa durante 7-8 minutos ou até que massa esteja macia e bem incorporada. Enrole a massa em formato de bola. Adicione mais água ou farinha se precisar dar o ponto.
4. Unte uma outra tigela com um pouco de azeite e coloque a massa no centro da mesma. Cubra com um pano de prato e deixe descansar em local morno por aproximadamente 1 hora, ou até que a massa tenha dobrado de tamanho.
5. Quando a massa tiver descansado, polvilhe um pouco de farinha em uma bancada e junta a massa, as azeitonas, o orégano e o alecrim. Sove novamente por alguns minutos.
6. Unte uma assadeira com azeite e pré-aqueça o forno a 250°C.
7. Você pode tanto cortar a massa e fazer pãezinhos, como moldar o pão em formato redondo ou oval, como eu fiz.
8. Posicione a massa no centro da assadeira e asse durante aproximadamente 40 minutos, ou até que o pão (ou pãezinhos) esteja douradinho.
9. Deixe esfriar durante 10 minutos e sirva! Lembre-se: a crosta deve estar crocante!

Dica amiga:
Sirva esse saboroso pão de forma simples, apenas com azeite. Você também pode servi-lo com hummus (pasta de grão-de-bico) ou tzatziki!

Com amor, Moussaka

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O que dizer sobre este prato recheado de história que todo mundo ama e considera pacas? É difícil (ou até fácil demais) falar sobre o Moussaka (μουσακάς – moussakás), mas me dei essa liberdade já que amanhã comemoramos o “25 de março”, feriado nacional mais conhecido como uma comemoração da guerra da independência da Grécia contra o Império Otomano.

Talvez você conheça essa famosa “lasanha” por ela ser amplamente associada à Grécia. Talvez você a conheça como a fonte de muitas zoeiras à Toula Portokalos, a querida protagonista do filme “Casamento Grego” (cês lembram do “moose-caca”, né?). Eu conheço o Moussaka como um prato trabalhoso que cresci detestando por conter horrores de berinjela – até porque nem tudo são flores – e por morrer de dor no braço na hora de mexer o bechamel a pedido do meu pai.

Mas… ainda bem que a gente cresce, né? Hoje posso dizer que “amo muito tudo isso”. Mais ainda depois de ter conhecido e provado o Moussaka em sua versão turca e, desculpe o bairrismo, achar o nosso mil VEZES melhor! Gregos: tenham orgulho de seu Moussaka. A explosão de sabores é incomparável, ainda que na hora do vamo-vê na cozinha dê um pouco mais de trabalho. É por isso que hoje apresento a você um dos maiores símbolos da culinária grega – símbolo que as pessoas cansaram de me pedir – numa versão simplificada mas com um toque de família, inspirada no conteúdo do deus grego Akis Petretzikis.

Me acompanhe nessa aventura!

*Nível de dificuldade: médio
*Tempo de preparo: 3 horas (ufa!)

*Serve, em média: 6 pessoas

Ingredientes:

Base de vegetais:
– 2 berinjelas grandes, cortadas em rodelas médias
– 2 abobrinhas grandes, cortadas em rodelas médias
– 3 batatas grandes, cortadas em rodelas médias
– Sal e pimenta, a gosto
– 1/2 xícara de chá de azeite de oliva
– Orégano, a gosto

Molho de carne moída:
– 600 g de carne moída
– 1 cebola média, picada em cubos
– 2 dentes de alho, picados
– Sal e pimenta, a gosto
– 3 colheres de sopa de azeite de oliva
– 1/2 colher de chá de canela em pó
– 1/2 colher de chá de noz-moscada
– 1/2 colher de chá de cominho
– 1/2  colher de chá de açúcar
– 3 colheres de sopa de vinho tinto seco
– 1/2 xícara de chá de salsinha fresca, picada
– 1 lata de tomates pelados
– 1/2 xícara de chá de água

Molho bechamel:
– 4 colheres de sopa de manteiga
– 4 colheres de sopa de farinha de trigo
– 1 litro de leite
– Pimenta, a gosto
– Noz-moscada, a gosto
– 1 xícara de chá de queijo parmesão ralado + para finalizar

Modo de preparo por etapas:

Base de vegetais:
1. Para começar, unte uma travessa média com um pouco de azeite de oliva. Preaqueça o forno a 200 graus.
2. Em uma tigela, junte as rodelas de batata, o sal, a pimenta, o orégano e mais um pouco de azeite. Misture bem e espalhe-as na travessa. Asse as batatas até que estejam levemente cozidas e macias (aproximadamente 20 minutos).
3. Repita o processo com as berinjelas. Junte as rodelas numa tigela, tempere com o sal, a pimenta, o orégano e um pouco de azeite. Espalhe-as por cima das batatas e asse-as até que estejam cozidas.
4. Agora, as abobrinhas! Junta as rodelas numa tigela, tempere com o sal, a pimenta, o orégano e um pouco de azeite. Misture bem e espalhe-as por cima das berinjelas. Asse-as até que estejam macias.

Molho de carne moída:
5. Em uma panela grande, refogue a cebola no azeite. Adicione o alho, a canela, o cominho e a noz-moscada. Misture bem e continue refogando.
6. Adicione a carne moída. Refogue. Adicione o vinho tinto. Refogue por mais ou menos 5 minutos.
7. Adicione os tomates pelados, a água e o açúcar. Deixe cozinhar lentamente em fogo baixo.
8. Quando o molho estiver bem grosso (menos líquido, melhor), tempere com sal, pimenta e salsinha fresca. Reserve.

Molho bechamel:
9. Em uma panela, em fogo médio, adicione a manteiga e espere derreter.
10. Adicione a farinha de trigo e misture bem sem parar até que tudo esteja bem incorporado e borbulhando levemente.
11. Adicione o leite aos poucos e sem parar de mexer, para que a mistura fique bem incorporada e não empelote.
12. Quando o molho começar a borbulhar e já estiver grosso, desligue o fogo.
13. Adicione a pimenta, a noz-moscada e o queijo parmesão ralado. Misture bem e reserve.

Montagem:
14. Na travessa em que os vegetais estão, espalhe o molho de carne moída (por cima dos vegetais), pressionando levemente para que o Moussaka fique firme e compacto.
15. Adicione o molho bechamel, espalhando muito bem por cima da carne.
16. Salpique mais um pouco de parmesão ralado e asse em forno médio por aproximadamente 35 minutos, ou até gratinar.
17. Quando estiver pronto, espere o Moussaka esfriar. Fica muito mais fácil de cortar em pedaços firmes (e bem mais gostoso) quando ele está em temperatura ambiente!

Dica amiga:
Nossa, Heleni, depois desses 17 passos ainda tem dica amiga? Tem sim! A minha dica de ouro é: não ignore a canela. Não ignore o vinho. Não ignore o cominho. O tempero no Moussaka faz toda a diferença. Para uma versão vegetariana, basta pular o passo da carne moída. Para uma versão mais calórica, basta fritar os vegetais em azeite em vez de assá-los. Você que escolhe. Valendo… já!

Kourambiedes do Tio Kosta (biscoitos amenteigados gregos)

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A receita de hoje, eu diria, é a mais esperada do blog. Sim, da história do blog! Em quase dois anos escrevendo por aqui, perdi a conta de quantas vezes me pediram o modo de preparo detalhado dessas belezuras açucaradas, o que me fez pensar que elas são realmente muito amadas. E sabe o motivo? É que estes biscoitinhos, moldados em diversos formatos, carregam consigo um bocado de história. Acho que todo grego desse mundo tem alguma memória envolvendo os Kourambiedes. De repente era a avó que fazia, ou os primos que levavam um prato cheio nas visitas, ou mesmo é a lembrança de moldar os biscoitos semanas antes do Natal.

Para mim sempre foi uma mistura disso tudo. Eu adorava ver minha avó fazendo os biscoitos e ela sempre me dava a oportunidade de moldar alguns (e comer uns pedacinhos da massa crua). Depois tinha a mágica de sentir o cheiro delicioso dos biscoitos pela casa e polvilhá-los com açúcar de confeiteiro – pareciam floquinhos de neve! Como um tradicional biscoito de Natal, em minhas viagens para a Grécia, eu ficava encantada com a quantidade absurda, os quilos e quilos que ficavam à mostra nas dezenas de confeitarias da rua comercial perto de casa.

Claro, como é de se esperar, cada pessoa tem a sua preferência. A minha amiga Karla adora os biscoitos da minha avó – e ela tem as suas próprias lembranças relacionadas a eles. Já meu pai, gosta dos Kourambiedes sem o açúcar de confeiteiro. Minha avó não coloca suco de laranja na versão dela. Já a versão de hoje – a qual eu aprendi com o meu tio Kosta, lá de São Paulo – leva raspas de laranja e Ouzo (bebida destilada grega).

Preparados, vendidos e oferecidos tradicionalmente nas festas de fim de ano, os Kourambiedes (κουραμπιέδες – kúrambiêdhes) são biscoitos amanteigados com nozes ou amêndoas. Como muitos pratos típicos gregos, cada família tem a sua própria receita e é possível encontrá-los em diversos tamanhos, formatos e tipos – da última vez que fui à Grécia, encontrei Kourambiedes recheados com mousse de chocolate! E aí, se animou? Então mão na massa!

*Nível de dificuldade: médio
*Tempo de preparo: 3 horas

*Rende, em média: 60 unidades médias

Ingredientes:
– 400 g de manteiga sem sal em temperatura ambiente
– 700 g de farinha de trigo + extra
– 2 ovos grandes, levemente batidos
– 1 xícara de açúcar refinado
– 2 colheres de sobremesa de essência de baunilha
– 2 colheres de sopa de Ouzo ou conhaque
– 1 xícara de chá de nozes trituradas
– Sumo de uma laranja
– Raspas de uma laranja
– 1 colher de sopa de fermento químico
– Açúcar de confeiteiro, para finalizar

Modo de preparo:
1. 
Bata a manteiga com uma batedeira até amolecer. Em seguida, adicione os ovos e continue batendo.
2. Quando a manteiga estiver bem macia, adicione o açúcar, a baunilha e o Ouzo ou conhaque. Continue batendo até a mistura ficar homogênea.
3. Depois, adicione o sumo e as raspas de laranja e as nozes trituradas. Bata continuamente.
4. Em uma tigela, peneire a farinha e adicione o fermento químico. Misture tudo e adicione aos poucos à tigela com a manteiga. Se você utilizar uma batedeira planetária, certifique-se de que está usando a pá para massas médias (biscoitos, etc). Caso contrário, junte a farinha aos poucos com uma colher e misture com a mão mesmo até dar o ponto certo.
5. Ponto da massa: ela deve parecer massinha de modelar e não pode ficar grudenta. Se necessário, ajuste o ponto adicionando mais farinha.
6. Preaqueça o forno a 180°C. Unte assadeiras grandes ou cubra-as com papel manteiga. Molde os biscoitos da forma que desejar – com a mão ou com cortadores de biscoito – e ajuste-os nas assadeiras.
7. Asse os biscoitos em forno médio durante 20 minutos ou até que fiquem douradinhos. Quando estiverem prontos, deixe que esfriem e polvilhe açúcar de confeiteiro.

Dica amiga:
Na hora de fazer os Kourambiedes, experimente adicionar amêndoas trituradas na massa! 

Briam (vegetais sortidos assados)

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A receita de hoje é mais uma da série “eu detestava comer isso na infância” – detestava, sim, no passado. Hoje considero este um dos pratos mais fáceis e versáteis da culinária grega. Como diz a diva Rita Lobo: “é pá pum!”. Abra qualquer livro de culinária grega e Briam aparecerá logo no início da categoria Ladherá.

Apesar de algumas pessoas (inclusive em muitos livros de receitas) chamarem este prato, carinhosamente, de Tourlou Tourlou (tradução livre: tudo junto e misturado), eu sempre o conheci como Briam ou Briami (Μπριαμ – Briám). Digamos que esta seja a nossa versão do clássico ratatouille – muitos vegetais, muito azeite, muito tomate… tudo junto e misturado! Garanto que é super tranquilo de preparar. Você pode servi-lo como prato principal ou como acompanhamento e, ainda, adicionar outros ingredientes como cogumelos, quiabo, vagem, etc. Seja criativo e me acompanhe!

*Nível de dificuldade: fácil
*Tempo de preparo: 1h30

*Serve, em média: 4 pessoas

Ingredientes:
– 6 batatas médias, cortadas em pedaços grossos
– 2 abobrinhas, cortadas em rodelas
– 1 berinjela grande, cortada em rodelas (opcional)
– 1 cebola roxa, cortada em pedaços grandes
– 2 dentes de alho, ralados
– 1 pimentão vermelho médio, cortado em tiras
– 1 alho-poró médio, cortado em rodelas (opcional)
– 3 tomates grandes, ralados
– 1 colher de chá de orégano
– 1/2 xícara de chá de salsinha fresca picada
– Sal e pimenta, a gosto
– 1/2 xícara de chá de azeite de oliva extravirgem + extra
– 1/2 copo americano de água morna

Modo de preparo:
1. 
Em tigela grande, misture as batatas, as abobrinhas, a berinjela, a cebola, o pimentão, o alho-poró e os dentes de alho ralados.
2. Tempere tudo muito bem com o orégano, a salsinha fresca, o sal e a pimenta. Misture.
3. Despeje os vegetais em uma travessa grande, adicione os tomates ralados e o azeite de oliva. Misture bem e adicione a água morna.
4. Leve ao forno preaquecido e asse em forno médio durante 50 minutos ou até que tudo esteja bem cozido e macio.
5. Retire do forno e regue com um pouco mais de azeite. Agora é só servir!

Dica amiga:
Vale a pena esperar um pouquinho para saborear 
Briam em temperatura ambiente ou, se preferir, no dia seguinte – isto é, claro, com bastante pão para absorver o caldinho!

Ellinikos Kafés (café grego)

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Quantas vezes você se lembrou de alguém querido ao fazer uma refeição? Ou ao preparar um prato específico? Aposto que muitas. Eu também. O post de hoje foi especialmente difícil de escrever. Escrevi, apaguei, reescrevi… muitas e muitas vezes. Tudo porque café grego me faz pensar em meus avós, meus bisavós, meus trisavós e assim por diante. São tantas as histórias que sinto que vivi coisas que, na verdade, nunca vivi. O café grego é uma ponte para o passado e uma expressão de amor.

Dia 23 recebemos a ligação. De madrugada, pappous Georgios nos deixou. Justamente na semana que estava ensaiando fazer esta postagem, acabei não dando conta. Não sabia se escrevia ou se chorava (ou os dois). Para piorar, acabei assistindo O Tempero da Vida de novo, o que ativou o botão “poça de lágrimas”. Então, uma frase do filme me fez pensar e resumiu as longas conversas que tive com meu avô: “No céu há coisas que nós podemos ver, mas há também coisas que não podemos ver. Fale sempre sobre as coisas que outros não podem ver. As pessoas gostam de ouvir histórias sobre coisas que elas não podem ver”.

Pois bem. O café grego, para mim, sempre falou sobre coisas que nunca pude ver. É a minha conexão com os meus antepassados. Na infância, eu não bebia café, pois era coisa de adulto. Ainda assim, me recordo de todas as vezes que entrei na casa dos meus avós, perfumada pelo cheiro da bebida. Esse cheiro anunciava, também, o fim da sesta de todos os dias. Religiosamente, um ou dois cafés eram bebidos lentamente ao som dos programas de TV da tarde.

Tenho, também, as lembranças de yiayia Stratoula, minha bisavó e kafetzou (senhora que pratica cafeomancia) talentosa. Durante as passagens dela por Brasília, juntavam-se as mulheres da família e, assim, ela lia a borra de café de todas. Ela enxergava tudo, mesmo que não pudéssemos ver.

Apesar de todo o peso sentimental que o Ellinikos Kafes (ελληνικός καφές – ellinikôs cafés) tem em minha vida, nunca fui sua grande admiradora pelo sabor. Em tempos recentes, num pequeno kafenío no vilarejo da minha avó Eleni, eu acabei pedindo um elliniko para acompanhar as pessoas que estavam ao meu redor. E… bem, a experiência não foi tão ruim assim!

Tradicionalmente, o café grego é preparado e fervido em um briki (pequena cafeteira com um formato próprio para o seu preparo) com café grego ou árabe – ou seja, um café fino e de torra leve – e, como ele não é coado, sua borra acaba ficando no fundo da xícara. Leia mais instruções a seguir!

*Nível de dificuldade: fácil
*Tempo de preparo: 5 minutos

*Serve: medida individual

E você? Como prefere o seu café grego?

– Sketos (puro): Sem açúcar, apenas o café
– Glykos (doce): Do jeito que eu gosto, ou seja – duas colheres de chá de açúcar para cada colher de chá de café
– Metrios (médio): O mais popular – uma colher de chá de açúcar para cada colher de chá de café
– Variglykos (forte e muito doce): Três colheres de chá de açúcar para três colheres de chá de café

Ingredientes (para um café doce):
– 1 xícara de café (demitasse, pequena, 60 ml) de água filtrada
– 1 colher de chá cheia de pó de café grego ou árabe (ou, ainda, café de torra leve e moagem fina)
– 2 colheres de chá de açúcar
– 1 briki pequeno (cafeteira própria para este café)

Modo de preparo:
1. 
No briki, adicione a água, o açúcar e o pó de café. Misture bem com uma colher de chá.
2. Esquente a mistura em fogo baixo (o mais baixo possível no seu fogão).
3. Quando uma leve espuma começar a aparecer com pequenas borbulhas, retire o briki do fogo por mais ou menos 15 segundos.
4. Coloque-o novamente no fogo, e, assim que começar a ferver (borbulhas maiores), apague o fogo imediatamente.
5. Espere 5 minutos e sirva o café em uma xícara demitasse (xícara pequena para café).

Pontos importantes:
– Em momento algum pense em misturar o café na xícara. Não se mistura café grego.
– Cuidado para não ferver o café demais ou para ele não transbordar do briki (sujando todo seu fogão).
– A borra do café se assenta no fundo da xícara mesmo.
– Kaimaki (káimáki) é o nome que damos à espuma que fica no topo da xícara. Para muitos gregos, quanto mais espuma, melhor!

Dica amiga:
Sirva o café com um copo de água gelada de lado e o docinho ou biscoito de sua preferência! Vale lembrar que tomar café grego é um ritual demorado e relaxante, então não se apresse. 

Spanakorizo (arroz com espinafre)

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Uma das coisas que as pessoas têm comentado comigo (com surpresa) é o fato de a culinária grega oferecer uma variedade de pratos à base de vegetais. Parte disso com certeza vem da tradição do jejum da Igreja Ortodoxa Grega. Algumas pessoas chegam a passar quase metade do ano sem comer alimentos de origem animal! Mas, isso não quer dizer “alimentação sem graça” – sempre vale improvisar, usar ervas frescas e especiarias e priorizar os alimentos da estação.

Hoje compartilho uma receita muito simples e saborosa utilizando o queridinho da Grécia: O espinafre. O Spanakorizo (Σπανακόριζο – Spanakôrizo) é semelhante ao Lahanorizo – um arroz cremoso e aromático servido como prato principal… só que com espinafre. O prato também leva um pouco de vinho, o que faz com que acabe parecendo muito com um risoto. Cabe a você escolher o tipo de arroz e ficar atento ao tempo de cozimento! Na Grécia, utilizamos arroz carolino, mas, como não é encontrado com facilidade por aqui, recomendo qualquer arroz para risoto.

*Nível de dificuldade: fácil
*Tempo de preparo: 1 hora

*Serve, em média: 8 pessoas

Ingredientes:
– 1 cebola média, picada
– 3 dentes de alho, picados
– 2 maços de espinafre, lavados, sem talos
– 2 xícaras de arroz branco (ou arroz para risoto)
– 3 colheres de sopa de azeite de oliva
– 1 xícara de chá de cebolinha picada
– 1/2 xícara de chá de vinho branco
– 1 xícara de chá de endro (dill) picado (opcional)
– 6 xícaras de chá de água morna
– 2 colheres de sopa de manteiga
– Sal e pimenta, a gosto
– Noz-moscada ralada, a gosto
– Sumo de limão, para servir (opcional)
– Queijo Minas, parmesão ralado ou ricota desmanchada, para servir

Modo de preparo:
1. 
Em uma panela grande, refogue a cebola e o alho no azeite até que fiquem transparentes.
2. Junte o arroz e o vinho branco e misture. Cozinhe por mais ou menos dois minutos.
3. Em seguida junte o espinafre, a cebolinha, o endro, o sal, a pimenta e a noz-moscada. Misture bem e junte a água morna. Deixe pegar fervura, e, em seguida, cozinhe em fogo baixo até que o arroz fique macio (e cremoso – no caso do arroz para risoto). Se necessário, adicione mais água para o cozimento. O espinafre deve ficar macio também.
4. Quando o arroz estiver cozido (é importante que ele não esteja completamente seco, um pouco de líquido deve permanecer) adicione a manteiga e misture.
5. Sirva com sumo de limão e queijo ralado.

Dica amiga:
Acompanhe o Spanakorizo com ovos cozidos ou fritos, queijo Minas ou ricota desmanchada e um bom pão!

Soutzoukakia Smyrneika (almôndegas de Esmirna)

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O prato de hoje é simplesmente o meu favorito de toda a culinária grega! É impossível não me lembrar da primeira vez em que meu pai cozinhou Soutzoukakia para mim. Como em O Tempero da Vida, sentir o cheiro do cominho e do vinho me hipnotizou. Até hoje, quando meu pai me pergunta o que cozinhar, eu respondo que quero Soutzoukakia. Com o tempo, cozinhando alguns pratos gregos, fui adaptando receitas da maneira que aprendi com a minha avó: adicionando canela nas carnes e molhos. No filme que citei, pappou Vassilis diz que “a canela faz as pessoas olharem umas nos olhos das outras. Se quer dizer ‘sim’, então adicione canela”. Então sim, o post de hoje terá aroma de canela. Mas de cominho, vinho e louro também!

Soutzoukakia Smyrneika (Σουτζουκάκια Σμυρνέικα – Sutzukákia Smyrnêika), como o nome já diz, é um prato que foi levado pelos gregos de Esmirna (em grego, Smyrne – atual Turquia) para a Grécia. Esmirna, esta fascinante cidade localizada perto da ilha de Chios, foi muito famosa por sua culinária, a qual transcendeu uma época turbulenta e foi passada de geração em geração (vale a pena pesquisar mais sobre!). Soutzoukakia são bolinhos de carne moída temperados com especiarias, moldados em formato de croquete ou linguiça, fritos e depois cozidos em um intenso molho de tomate. Por conta de todos esses processos, o prato não é difícil de fazer, porém, é bastante trabalhoso – então tenha isso em mente.

É importante frisar que cada região da Grécia possui sua tradição culinária. A culinária das ilhas Jônicas e do Peloponeso, por exemplo, carrega consigo uma grande influência veneziana. Nas ilhas do Egeu, vegetais, cereais e frutos do mar são consumidos frequentemente, com consumo mínimo de carne vermelha. No norte, por conta das baixas temperaturas e regiões montanhosas, pratos mais pesados e apimentados são consumidos. O prato de hoje tem sua origem na Ásia Menor, famosa por sua culinária intensa e que faz uso de muitas especiarias, como canela, cominho e pimenta.

Tá preparado para cozinhar? Então aqui vai a receita!

*Nível de dificuldade: médio para difícil
*Tempo de preparo: 2 horas
*Serve, em média: 6 pessoas

Ingredientes:
Para os bolinhos:
– 1 kg de carne moída
– 2 colheres de sopa de azeite extravirgem
– 2 ovos
– 2 pães amanhecidos, desmanchados e molhados com um pouco de água (eu utilizei pão francês)
– 1/2 xícara de chá de vinho tinto seco + extra se precisar
– Sal e pimenta, a gosto
– 2 colheres de sopa de orégano
– 1 colher de chá de canela em pó
– 1/2 xícara de chá de salsinha fresca, picada
– 2 colheres de chá de cominho em pó
– 2 xícaras de chá de farinha de trigo, para enrolar os bolinhos
– Óleo para fritar

Para o molho:
– 1 cebola grande, em cubos
– 3 dentes de alho, picados
– 3 colheres de sopa de azeite extravirgem, para refogar
– 3 tomates grandes, maduros, ralados
– 1 lata de tomate pelado
– 1/2 xícara de chá de vinho tinto seco
– 2 folhas de louro
– 2 ramas de canela
– Sal e pimenta, a gosto
– 1 colher de chá de açúcar
– 2 xícaras de chá de água morna

Modo de preparo:
1. 
Comece preparando a carne. Em uma tigela, junte a carne, o azeite, os ovos, o pão amanhecido, o sal, a pimenta, o orégano, a canela, a salsinha e o cominho. Misture tudo muito bem e reserve na geladeira.
2. Enquanto a carne apura o sabor, prepare o molho. Refogue a cebola e o alho no azeite até que fiquem translúcidos. (De preferência em uma panela grande)
3. Adicione os tomates ralados e os tomates pelados desmanchados. Misture.
4. Junte o vinho tinto e deixe o molho cozinhar em fogo baixo por aproximadamente 5 minutos.
5. Adicione o açúcar, o sal, a pimenta, as folhas de louro, as ramas de canela e a água morna. Misture tudo e deixe cozinhar em fogo baixo até engrossar.
6. Agora, os bolinhos! Separe o vinho tinto em uma tigela e a farinha de trigo em outra.
7. Em uma frigideira, aqueça óleo suficiente para fritar os bolinhos (fritura rasa).
8. Molde os bolinhos em formato de croquete, banhe-os no vinho e depois os enrole na farinha de trigo.
9. Frite poucos bolinhos de cada vez para evitar a queda de temperatura do óleo. Não é preciso fritá-los demais, pois continuarão cozinhando no molho de tomate.
10. Com cuidado, retire os bolinhos com uma escumadeira e transfira-os para a panela do molho de tomate. Repita o procedimento com todos os bolinhos.
11. Cozinhe tudo em fogo baixo por mais 15 minutos. É importante que o molho fique intenso e encorpado e que cubra todos os bolinhos. Caso necessário, adicione mais água para o cozimento.

Dica amiga:
Acompanhe este prato com o arroz de sua preferência, batatas fritas ou um bom purê de batatas! Se você deseja ir além, experimente rechear as almôndegas com queijo. Também ficam deliciosas!

Maroulosalata (salada verde grega)

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A receita de hoje é, possivelmente, a mais simples que ousará aparecer neste blog. Afinal, como não ser, com uma salada baseada em… alface? Nossa, Heleni, é sério isso? Você vai nos mostrar uma receita de salada de alface? Pois é, amigos. Acontece que essa salada é uma ligação instantânea com meus invernos em Kozani. As lembranças são inúmeras! E é difícil convencer as pessoas que ela vale a pena (vamos combinar que a alface é uma das verduras mais marginalizadas por aí). Entretanto, quero mostrar para vocês como ela pode servir como um acompanhamento delicioso para diversos pratos.

Maroulosalata (μαρουλοσαλάτα – marulossaláta) é, essencialmente, uma salada que leva alface romana (que se originou na ilha grega de Kos) e outros vegetais e ervas frescas como endro e cebolinha. Nos invernos que passei com os meus bisavós na Grécia nem sempre a Horiatiki Salata (uma salada típica do verão) era a estrela da mesa. Em vez dela, a Maroulosalata acompanhava, de forma leve, os pratos mais pesados e à base de azeite dos meses de frio. Eu sempre achei seu sabor único e refrescante e, hoje, compartilho aqui esta receita tradicional com uns toques que eu mesma dei. Bora lá!

*Nível de dificuldade: fácil
*Tempo de preparo: 15 minutos
*Serve, em média: 6 pessoas

Ingredientes:
– 2 pés de alface romana ou alface americana, lavadas
– 1 maço de cebolinha fresca
– 1/2 maço de endro (dill)  (opcional)
– 
1/2 xícara de chá de pinoli
Azeitonas pretas, a gosto
– 
1/2 cebola roxa, picada (opcional)
– 1/2 xícara de chá de azeite de oliva extravirgem
– 4 colheres de sopa de vinagre
– 1 colher de sobremesa de orégano
– Sal e pimenta, a gosto

Modo de preparo:
1.
Primeiro, pique a alface em tiras finas. Coloque-a em uma tigela grande.
2. Adicione a cebolinha fresca, o endro, as azeitonas e a cebola roxa.
3. Aqueça uma frigideira pequena e adicione o pinoli. Misture continuamente até que fiquem torradinhos. Desligue o fogo.
4. Em seguida prepare o molho. Em um recipiente, misture o azeite, o vinagre e o orégano.
5. Despeje o molho na salada, adicione o pinoli torrado, tempere com sal e pimenta a gosto e misture bem. Agora é só servir!

Dica amiga:
Para incrementar a Maroulosalata experimente adicionar queijo parmesão ralado ou ricota desmanchada!

Lemonopita (bolo de limão)

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Aos poucos venho notando que os gregos sabem fazer tortas e bolos muito bem – sejam eles salgados, doces ou até uma mistura de ambos – a criatividade sempre rola solta. Estava pesquisando algumas receitas quando decidi que queria fazer uma Portokalopita, tradicional bolo de laranja que leva uma calda aromática e deliciosa. Mas, percebi que estava sem laranjas em casa. Olhei e olhei e vi que estávamos cheios de limões! E… o que é que fazemos quando a vida nos dá limões? Isso mesmo: Lemonopita!

Na verdade, eu nunca havia feito essa receita na vida. Nem mesmo a minha avó (contei para ela pelo telefone e ela me pediu os ingredientes). Fui pesquisando – coisa que amo fazer – quando encontrei a receita do muso Akis Petretzikis. Sou suspeita para falar, mas adoro todas as coisas que ele faz! Então, resolvi adaptar a receita dele e criar a minha versão da Lemonopita (Λεμονόπιτα – Lemonópita), este bolo de limão super saboroso e cheiroso. Aqui vai a receita:

*Nível de dificuldade: fácil
*Tempo de preparo: 1h30

*Serve, em média: 6 pessoas

Ingredientes:
Para a massa
– 1 xícara de chá de óleo vegetal
– 3/4 de xícara de leite
– 2 ovos grandes
– 1 xícara de chá de farinha de trigo
– 1 xícara de chá de semolina
– 1 xícara de chá de açúcar
– 2 colheres de chá de fermento em pó
– 3 colheres de chá de essência de baunilha
– Raspas de limão, a gosto
– Açúcar de confeiteiro, para decorar
– Manteiga e farinha, para untar

Para a calda
– 2 copos americanos de água
– 1/2 xícara de chá de mel
– 1/2 xícara de chá de açúcar
– 1 rama de canela
– Sumo de dois limões grandes

Modo de preparo:
1. 
Em uma tigela, adicione o óleo, o leite, os ovos, o açúcar e a essência de baunilha. Bata com uma batedeira por aproximadamente 5 minutos até o conteúdo ficar homogêneo.
2. Em seguida adicione a farinha de trigo, a semolina, o fermento em pó e as raspas de limão. Bata novamente durante mais 10 minutos. Preaqueça o forno em temperatura média.
3. Unte uma forma quadrada, retangular ou redonda (sem furo) com manteiga e farinha e despeje a massa.
4. Asse o bolo em forno médio por cerca de 40 minutos ou até que o topo esteja dourado.
5. Enquanto o bolo está no forno, prepare a calda. Em uma panela pequena junte e aqueça a água, o mel, o açúcar, a rama de canela e o sumo dos limões. Espere ferver e desligue o fogão.
6. Assim que retirar o bolo do forno, corte-o em pedaços no tamanho desejado e derrame a calda por cima. É importantíssimo que esse passo seja feito imediatamente, quando o bolo estiver ainda muito quente, para que ele absorva toda a calda.
7. Espere o bolo esfriar, salpique açúcar de confeiteiro e é só servir!

Dica amiga:
Caso preferir, sirva o bolo com sorvete de creme ou de iogurte – para ficar ainda mais grego e refrescante! No cafezinho da tarde também cai muito bem.

Youvarlakia Avgolemono (sopa de almôndegas)

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Aos poucos o friozinho tem tomado conta dos dias e noites de alguns – no caso, aqui em Brasília as noites estão um pouco mais frias – e a vontade de comer pratos quentes vem junto. Lembrei-me de uma das sopas que mais marcaram a minha infância e os anos de Austrália (afinal, lá o inverno é bem mais intenso que o daqui). Minha avó fazia Youvarlakia, meu pai também… e, apesar de não gostar de Avgolemono (que logo mais explicarei), a sopa ser preparada com bolinhas de carne moída em vez do velho combo limão-galinha-arroz-batata – a tal sopa de gente “dodói” – me animava muito.

Youvarlakia Avgolemono (Γιουβαρλάκια Αυγολέμονο – Yuvarlákia Avgôlémono) é uma sopa de simples preparo. De verdade, nem eu imaginei que seria tão fácil! A base dela é o Avgolemono, uma mistura azedinha feita com ovos batidos, sumo de limão e caldo de legumes/carne. Youvarlakia são as almôndegas de carne moída com ervas frescas e uma pequena quantidade de arroz, triguilho ou massa tipo Risoni (Orzo). Já deu para perceber que essa combinação diferente vale a pena, né? Bora aquecer o corpo, bora cozinhar!

*Nível de dificuldade: fácil
*Tempo de preparo: 1 hora

*Serve, em média: 6 pessoas

Ingredientes:
– 800 g de carne moída
– 3 dentes de alho, ralados
– 1 cebola pequena, ralada
– 3 colheres de sopa de azeite de oliva
– 1 xícara de chá de arroz ou massa Risoni
– 3 colheres de sopa de orégano
– 1/2 xícara de chá de salsinha fresca picada + extra para servir
– 1/2 xícara de chá de cebolinha picada
– Noz-moscada ralada, a gosto
– 1 xícara de chá de farinha de trigo
– Sal e pimenta, a gosto
– 8 copos americanos de água

Para o Avgolemono (caldo)
– 2 ovos médios
– Sumo de 1 limão médio
– 2 colheres de chá de amido de milho

Modo de preparo:
1. 
Primeiro, refogue a cebola e o alho com um pouco de azeite, até que fiquem translúcidos. Reserve.
2. Em uma tigela grande, junte a carne moída, o alho, a cebola, o orégano, duas colheres de sopa de azeite (reserve a terceira), o arroz (ou a massa), a salsinha, a cebolinha, a noz-moscada, o sal e a pimenta. Misture e amasse tudo muito bem. Cubra com papel filme e deixe a mistura descansar na geladeira por 15 minutos.
3. Enquanto isso vá preparando o caldo. Leve os oitos copos de água ao fogo com uma colher de sopa de azeite e uma colher de chá de sal.
4. Com os 15 minutos passados, faça as bolinhas de carne, passe-as na farinha de trigo e, quando o caldo pegar fervura, coloque-as dentro da panela com muito cuidado.
5. Cozinhe tudo em fogo médio durante 20 minutos ou até que a carne esteja cozida.
6. Agora, o Avgolemono. Em uma tigela, bata os dois ovos até formar uma leve espuma. Adicione o sumo de limão e as duas colheres de chá de amido de milho.
7. Adicione uma concha de caldo da panela ao Avgolemono, batendo continuamente (pode ser com um garfo). Depois, adicione mais uma concha, misture bem e vá adicionando aos poucos à panela de sopa.
8. Misture a sopa e deixe cozinhar em fogo baixo por mais 5 minutos.
9. Sirva quente com salsinha fresca e pimenta-preta moída!

Dica amiga:
Para uma experiência culinária ainda melhor, sirva esta sopa com pão torrado e o queijo branco de sua preferência (desmanchado). Youvarlakia também é preparada na versão “me saltsa”, ou seja, com um delicado molho de tomate em vez da base de Avgolemono. Fica a dica!